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O momento era de risco iminente. Um segundo depois,
consumado. Mais um instante a seguir, descarado: estava estabelecida a crise de
consciência.
Caso o seu implícito e histérico sentido estivesse
certo, algo lhe fazia companhia. E como nada de normal se via ou se ouvia, seja
lá o que fosse, era uma existência oculta e sombria, fora da sua compreensão e
controle. Porém, se estivesse realmente sozinho conforme os fatos lhe
afirmavam, o risco era trazido pela solidão e a brecha que ela abria para a insanidade:
exposição dos atos aos impulsos em completo descontrole.
Não existia uma saída racional para aquela insana
bifurcação.
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